Uma ARMADILHA do diabo chamada: OFENSA
“E a quem perdoardes alguma coisa eu também perdoo. E o que eu perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo, para que não sejamos vencidos por Satanás. Pois não ignoramos os seus ardis. ” II Coríntios 2:10-11
A palavra “escandalizar”, de Lucas 17:1, vem do grego skandalon, que originalmente se referia à parte da armadilha onde se colocava a isca. Dessa forma, a palavra significa montar um armadilha no caminho de alguém! Muitos estão feridos, amargurados e machucados. Estão ofendidos, mas não conseguem perceber que caíram na armadilha de Satanás. Acreditamos que somos os únicos a sofrer uma ofensa. Isso nos deixa vulneráveis à raiz de amargura. Assim, devemos estar preparados e armados contra a ofensa e contra o escândalo, porque nossa reação determina nosso futuro.
Uma forma de o inimigo usar a pessoa escandalizada é mantendo a ofensa escondida, num manto de orgulho. O orgulho nos impedirá de admitir nossa verdadeira condição. O orgulho nos impede de lidar com a verdade. Ele distorce nossa visão. Nunca mudaremos se acreditarmos que estamos bem. O orgulho endurece o coração e obscurece os olhos do entendimento. Impede a mudança – o arrependimento – que nos vai libertar (veja 2 Tm 2:24-26).
O orgulho faz com que nos vejamos como vítimas. A nossa atitude, então, é: “Fui maltratado e mal-entendido; então, tenho justificativa para meu comportamento”. Porque achamos que somos inocentes e que fomos falsamente acusados, retemos o perdão. Embora a verdadeira condição do coração esteja escondida aos nossos olhos, não está escondida de Deus. Só porque fomos maltratados não podemos nos agarrar à ofensa.
A oração do Pai Nosso diz: “E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós temos perdoado aos nossos devedores” (Mt 6:12 – destaque acrescido). Fico a me perguntar como alguns crentes querem que Deus lhes perdoe da mesma forma como perdoaram aqueles que os ofenderam. Esta é exatamente a forma como serão perdoados. A falta de perdão é tão excessiva em nossas igrejas que não queremos levar essas palavras de Jesus a sério. O modo como perdoamos, liberamos e restauramos uma outra pessoa é o mesmo modo como seremos perdoados.
(História da mulher que não conseguia sentir a Presença de Deus por falta de perdão) Pág. 133-135. Livro: A isca de Satanás.
Em Mateus 18:15-22 Jesus fala da importância do perdão e nos versículos 23-35, ele trata o perdão como uma dívida.
Um talento normal era equivalente a aproximadamente setenta e cinco libras. Era o peso total que um homem poderia carregar (veja 2ºRs 5:23). Dez mil talentos seriam aproximadamente 750 mil libras ou toneladas. Dessa forma, o servo devia ao rei 375 toneladas de ouro.
Agora vejamos como essa parábola se aplica quando somos ofendidos. Quando uma ofensa ocorre, existe uma dívida. Você, provavelmente já ouviu: “Ele pagará por isso”. Dessa forma, o perdão é como o cancelamento da dívida.
O rei representa Deus, o Pai, que perdoou a dívida desse servo que era impossível pagar. Em Colossenses 2:13, 14, encontramos:
E a vós outros, que estáveis mortos pelas vossas transgressões e pela incircuncisão da deu vida juntamente com ele, perdoando todos os nossos delitos; tendo cancelado o escrito de dívida, que era contra nós e que constava de ordenanças, o qual nos era prejudicial, removeu-o inteiramente, encravando-o na cruz.
A dívida pela qual fomos perdoados era impagável. Não existia forma alguma de pagar a Deus pelo que lhe devíamos. Nossa ofensa foi terrível. Assim, Deus nos deu a salvação como um presente. Jesus pagou a nota promissória que existia contra nós.
“Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe devia cem denários; e, agarrando-o, o sufocava, dizendo: Paga-me o que me deves…” (Mt 18:28-30). Um denário era aproximadamente o salário diário de um trabalhador.
Um de seus conservos devia uma vultosa quantia: um terço de férias um salário de um ano. Que você acharia se faltasse um terço no seu salário? Mas lembre-se de que esse
homem foi perdoado de uma dívida de 4,5 bilhões de dólares. Isto era mais do que poderia ganhar durante a sua vida toda!
Podemos ter sido muito maltratados por alguns, mas isso não se compara às transgressões contra Deus. Você pode sentir que ninguém foi tão maltratado quanto você. Mas não percebe como Jesus foi maltratado. Ele era um cordeiro inocente e imaculado e foi morto. Uma pessoa que não consegue perdoar esqueceu-se da grande dívida da qual foi perdoada. Quando você perceber que Jesus o libertou da morte eterna, você liberará os outros incondicionalmente.
Jesus não estava se referindo a não crentes nessa parábola. Estava falando dos servos do rei. Esse homem já havia sido perdoado de uma grande dívida (salvação) e era chamado de “servo” do mestre. O outro a quem ele não perdoou era chamado de “conservo”. Então, podemos concluir que este é o destino de um crente que se recusa a perdoar.
E, indignado-se, o seu senhor o entregou aos verdugos, até que lhe pagasse toda a dívida. Assim também meu Pai celeste vos fará, se não perdoardes (Mt 18:34, 35).
Estes versos têm três pontos principais:
- O servo que não perdoou é entregue à tortura; 2. Ele teve de pagar a dívida original: 375 toneladas de ouro; 3. Deus, o Pai, fará o mesmo com qualquer crente que não perdoa a dívida de um irmão.
Os que instigam a tortura são espíritos demoníacos. Deus dará aos “verdugos” permissão para causar dor e agonia no corpo e na mente conforme desejarem, mesmo que sejamos crentes.
Médicos e cientistas relacionam a falta de perdão e amargura a certas doenças, como artrite e câncer. Muitos casos de doença mental são ligados à amargura da falta de perdão.
O perdão é geralmente negado a outros, mas, algumas vezes é negado a nós mesmos. Jesus disse: “Se você tem alguma coisa contra alguém, perdoe…” (Veja Mt 5:24) Alguém inclui você mesmo! Se Deus o perdoou, quem é você para não perdoar aquele a quem Ele perdoou, mesmo que seja você?
Antes da volta de Cristo, os verdadeiros crentes serão unidos como nunca no passado. Creio que hoje muitos homens e mulheres serão libertos da armadilha da ofensa. Isto será o maior impulso ao avivamento, que irá inundar a nação. Os não crentes, que estão cegos, verão Jesus através do nosso amor um pelo outro.
Bibliografia: A Isca de Satanás – Autor: John Bevere. (Editora : EDILAN (24 setembro 2015)