Uma ARMADILHA do diabo chamada OFENSA

PARTE 2

“Porque as armas da nossa milícia não são carnais, e sim poderosas em Deus, para destruir fortalezas, anulando nós sofismas e toda altivez que se levante contra o conhecimento de Deus, e levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo”   II Coríntios 10:4-5

Essas fortalezas criam padrões de raciocínio por meio dos quais toda informação recebida é processada. Embora elas sejam originalmente levantadas por motivo de proteção, tornam-se fonte de tormenta e distorção, porque entram em guerra contra o conhecimento ou a sabedoria de Deus. Quando filtramos tudo através de feridas passadas, rejeições e experiências ruins, achamos muito difícil acreditar em Deus. Não consegue, acreditar que Ele realmente tenha a intenção de fazer o que disse. Duvidamos de sua bondade e fidelidade, uma vez que o julgamos pelos padrões dos homens em nossa vida. Mas Deus não é um homem! Ele não mente (Nm 23:19). Seus caminhos não são os nossos caminhos, e s pensamentos não são nossos pensamentos (Is 55:8, 9).

Pessoas ofendidas serão capazes de achar trechos bíblicos que apoiem sua posição, mas sem usarem corretamente a Palavra de Deus. O conhecimento da Palavra sem amor é uma força destrutiva porque nos incha de orgulho e legalismo (1 Co 8:193). Isso faz com que nos justifiquemos em vez de nos arrependermos, porque não somos capazes de perdoar. Ap. Luiz Hermínio diz que: “Quem é bom de argumento é ruim de arrependimento”.

Cria-se, dessa forma, uma atmosfera na qual podemos ser enganados, porque o conhecimento de Deus sem o amor dele, leva ao engano. Jesus nos alerta sobre os falsos profetas imediatamente após a declaração de que muitos serão escandalizados: “Levantar-se-ão muitos falsos profetas e enganarão a muitos” (Mt 24:10). Quem serão os muitos enganados? Resposta: os escandalizados, ofendidos, que esfriaram seu amor (Mt 24:12).

2 Coríntios 11:13-15: “Porque tais falsos apóstolos são obreiros fraudulentos, transfigurando-se em apóstolos de Cristo. E não é maravilha, porque o próprio Satanás se transfigura em anjo de luz. Não é muito, pois, que os seus ministros se transfigurem em ministros da justiça; o fim dos quais será conforme as suas obras.”

Jesus chama de falsos profetas os lobos disfarçados de ovelhas (Mt 7.15) São homens interesseiros que têm a aparência de crente (disfarce de ovelha), mas a natureza interior de lobo. Os lobos gostam de estar perto das ovelhas. Podem ser achados tanto na congregação como no púlpito. São enviados pelo inimigo para se infiltrarem e enganar. Devem ser identificados pelos seus frutos, não pelos ensinamentos e profecias. Geralmente, seus ensinamentos parecem bem sólidos, ao contrário dos frutos de sua vida e seu ministério, que não são consistentes. Um ministro ou um crente é o que ele vive, não o que ele prega. Nós pregamos para viver porque o que pregamos está muito acima do que somos e temos. O que carregamos pelo espírito é maior que nós mesmos. Como os levitas, cevamos a arca (Presença de Deus) nos ombros. (I Cr 13:13-15)

Não importa o quanto você tem se atualizado em novas revelações ações, seminários e escolas bíblicas, não importa quantos livros tem lido ou quantas horas passa orando e estudando. Se você foi ofendido e recusa-se a perdoar e arrepender-se do pecado, ainda não alcançou o conhecimento de verdade. Está em engano, e em raiz de amargura. Não importa qual a revelação: seu fruto terá uma história diferente para contar. Você se tornará uma fonte de águas amargas que levarão ao engano, e não à verdade.

A essa altura você já percebeu como o pecado ofensa é sério. Se não for tratada, a ofensa, eventualmente, levará a morte. Mas, quando você resiste à tentação de ser ofendido, Deus lhe dá grande vitória.

A falta de perdão tira nossa autoridade. “E a quem perdoardes alguma coisa eu também perdoo. E o que eu perdoei, se é que tenho perdoado, por amor de vós o fiz na presença de Cristo, para que não sejamos vencidos por Satanás. Pois não ignoramos os seus ardis. ”   II Coríntios 2:10-11 .  “A pessoa pode ir para o inferno por não perdoar, tanto quanto por não crer”. – Thomas Watson.

(História: Será que Deus está me usando para expor para expor os pecados do meu líder?  Pág. 47-50. Livro:  A isca de Satanás.) –  Há um poder transformador no perdão.

O perdão precisa ser incondicional. Não devemos perdoar quando o nosso ofensor se tornar digno de ser perdoado, pois Deus não agiu assim conosco. Todo tipo de ofensa pode ser perdoada, basta o ofendido querer perdoar. Perdoar é uma decisão.  Ore pela pessoa ou pessoas que te ofenderam de alguma forma; aprenda isso, porque é muito difícil odiarmos a pessoa por quem oramos (Mt 5:44 – estratégia que Jesus nos deu para nos guardar da isca de satanás).  Diga quantas vezes for necessário: “Senhor eu perdoo fulano. Senhor eu perdoo fulano. Senhor eu perdoo fulano.” Vamos liberar o perdão porque o perdão é uma decisão e não tem nada a ver com sentimentos. Perdoar não é esquecer a ofensa sofrida, mas é não deixar o veneno do ressentimento contaminar sua vida hoje. Quem é perdoado fia feliz, mas mais feliz ainda fica quem perdoa, porque mostrou que tem o caráter de Cristo. Para saber se temos o caráter de Jesus é só ver se temos a capacidade de perdoa. Nada no assemelha mais com Ele.

O perdão não elimina as consequências do ato errado praticado, mas elimina a dor causada.

Quando dizemos “eu perdoo”, já começou uma cura, uma libertação na nossa vida, mesmo que não percebamos. Essa cura irá crescer até atingir o máximo de libertação ao ponto de que, talvez um dia possamos abraçar àquela pessoa a quem podemos ter odiado.

Vamos esquecer um pouco a lista dos que nos ofenderam e vamos focar em ir atrás daqueles que nós entristecemos.

O Senhor me guarde de que eu faça tal coisa ao meu senhor, isto é, que eu estenda a mão contra ele, pois é o ungido do Senhor.” Com estas palavras, Davi conteve os seus homens e não lhes permitiu que se levantassem contra Saul (1 Sm 24:6, 7). Vemos na Bíblia nos livros do profeta Samuel,  como Davi foi maltratado por aquele ele desejava que fosse seu pai. Davi ainda tentava imaginar qual o erro: o que tinha feito para virar o coração de Saul contra ele, e como Davi o teria de volta? Davi provou sua lealdade poupando a vida de Saul, mesmo que este o estivesse perseguindo. Saul era um homem que queria vingança. Perseguiu Davi, um homem honrado, por quatorze anos e assassinou os sacerdotes e suas famílias.

Davi sabia que havia demonstrado sua fidelidade a seu líder, então ficou tranquilo. Depois, soube de uma notícia que o deixou arrasado: Saul ainda pretendia matá-lo. Mas Davi se recusou a levantar suas mãos contra aquele que tramava tirar-lhe a vida, embora Deus houvesse colocado o exército inteiro para dormir e lhe dado um companheiro que implorava para matar Saul. Davi percebeu que o sono do exército tinha outro propósito: testar seu coração. Deus queria ver se Davi mataria para estabelecer seu reino ou permitiria que Ele estabelecesse seu trono na justiça, para sempre.

É correto Deus vingar seus servos, mas é incorreto os servos de Deus se vingarem.

Deus testa a obediência de seus servos. As pessoas ofendidas reagem a uma situação e fazem coisas que parecem ser corretas, mesmo que não sejam inspiradas por Deus. Não somos chamados para reagir, mas, sim, para agir. Se somos obedientes a Deus e Ele não fala conosco, é porque a resposta provavelmente é: “Fique exatamente onde está. Não faça nenhuma mudança”.

 Bibliografia:

Livro: A Isca de Satanás – John Bevere.

Livro: Força para perdoar, coragem para pedir perdão. Pr. Lucinho e Paty Barreto.



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